
“A urgência da luta pela paz na actualidade” foi o mote do debate realizado na quarta-feira, 24 de Setembro, na Casa do Alentejo em Lisboa. A lançar o tema estiveram a dirigente do CPPC Isabel Camarinha, o presidente da Casa do Alentejo Manuel Verdugo e o major-general Agostinho Costa.
Isabel Camarinha destacou a longa e empenhada ação do CPPC em prol da paz, da solução política dos conflitos, do desarmamento e da solidariedade aos povos vítimas de agressão e bloqueios. Destacou as campanhas de solidariedade em curso, com a Palestina – contra o genocídio e a ocupação – e com Cuba – contra o bloqueio –, e reafirmou a necessidade de alargar a mais setores a denúncia dos interesses que se escondem por detrás da guerra e a compreensão de que a guerra e a corrida aos armamentos afetam os direitos e condições de vida dos trabalhadores e dos povos.
Manuel Verdugo mostrou à numerosa assistência uma pintura que foi oferecida pela representação diplomática da Palestina à Casa do Alentejo, pelo apoio que sempre tem dado à luta do seu povo, desde logo através da cedência da sala para a realização de iniciativas. O dirigente da instituição enumerou um vasto conjunto de agressões dos Estados Unidos contra países e povos – desde o início do século XX até aos dias de hoje.
O major-general Agostinho Costa alertou para os riscos de guerra na Europa, apelando à mobilização contra esta possibilidade. De uma guerra nuclear ninguém sai vencedor, reafirmou. O especialista militar lembrou todo o processo de conduziu à presente guerra na Ucrânia, garantindo que os EUA atingiram 50% dos objetivos que tinham para este conflito: se é certo que não derrotaram a Rússia (o que, garante Agostinho Costa, não é possível), subjugaram a União Europeia, que é hoje irrelevante ao nível político e geoestratégico.
Da assistência vieram diversas questões, nomeadamente sobre os interesses que se esconderão por detrás de uma política da União Europeia que ruma de acordo com os interesses belicistas, que alguém ganha, e muito, com a guerra foi também sublinhado.
A defesa da paz, neste momento em que vivemos, é uma batalha central para salvaguardar os direitos, as liberdades, as condições de vida dos povos e a própria sobrevivência da Humanidade. Dali saiu o compromisso para elevar a mobilização em defesa da paz, do desarmamento, de um mundo mais justo.